Avaliação dos focos de calor e da fórmula de Monte Alegre no parque Nacional da Chapada dos Guimarães
DOI:
https://doi.org/10.4336/2017.pfb.37.92.1440Palavras-chave:
Incêndios florestais, Unidade de conservação, SatélitesResumo
O presente estudo teve por objetivo analisar o comportamento da Fórmula de Monte Alegre (FMA) e quantificar os focos de calor detectados por satélites de referência, comparando os mesmos com os incêndios ocorridos no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães de 2007 a 2015. O monitoramento dos focos de calor foi realizado através de imagens dos satélites AQUA, TERRA e NOAA, cujos dados diários de focos detectados foram usados para compor a série temporal ao longo dos anos, permitindo a análise de tendências dos números de focos para o parque. Os dados foram adquiridos na plataforma do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, na base de dados históricos do Instituto Nacional de Meteorologia e junto à gerência do parque. Na maioria dos anos houve uma superestimação do número de focos de calor em relação ao número de ocorrência dos incêndios. O satélite TERRA apresentou valores que mais se aproximaram do número de registros de fogo no parque. Observou-se que 87,69% dos incêndios foram validados em relação a FMA, onde 60% estavam na classe de perigo muito alto e 27,69% enquadraram-se na classe de perigo alto, demonstrando a efetividade da FMA em relação aos registros de incêndios ocorridos no parque.Downloads
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Referências
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Publicado
29-12-2017
Como Citar
MACHADO NETO, Arlindo de Paula; BATISTA, Antonio Carlos; SOARES, Ronaldo Viana; BIONDI, Daniela; DE MORAIS, Riubi Lopes. Avaliação dos focos de calor e da fórmula de Monte Alegre no parque Nacional da Chapada dos Guimarães. Pesquisa Florestal Brasileira, [S. l.], v. 37, n. 92, p. 535–543, 2017. DOI: 10.4336/2017.pfb.37.92.1440. Disponível em: https://pfb.sede.embrapa.br/pfb/article/view/1440. Acesso em: 10 dez. 2025.
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