Efeito da salinidade na germinação e crescimento inicial de plântulas de três espécies arbóreas florestais
DOI:
https://doi.org/10.4336/2017.pfb.37.91.1447Palavras-chave:
Velocidade de germinação, Massa seca total, EstresseResumo
O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito do estresse salino na germinação e crescimento inicial de canafístula (Peltophorum dubium (Sprengel) Taubert), tamboril (Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong.) e pau-formiga (Triplaris americana L.), além de determinar a máxima tolerância das três espécies arbóreas florestais à presença de NaCl na solução de embebição. Foi adotado delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições de 50 sementes, no esquema fatorial 3 x 5, sendo estudada a resposta das três espécies a cinco níveis de potencial osmótico (0; -0,3; -0,6; -1,2 e -1,8 MPa), por simulação de estresse salino com NaCl. Aos 28 dias após semeadura foram avaliados: percentagem de germinação; índice de velocidade de germinação (IVG); tempo médio de germinação; comprimento da maior raiz; massa seca da parte aérea, raízes e total. A germinação e o crescimento inicial de plântulas de tamboril e canafístula foram afetados negativamente pelo aumento da concentração salina do meio. Pau-formiga mostrou-se mais tolerante ao estresse salino, apresentando elevação dos valores médios de percentagem de germinação, IVG, comprimento da maior raiz e produção de massa seca total em potenciais osmóticos variando de -0,81 a -1,15 Mpa. Os maiores valores médios de produção de massa seca da parte aérea, raízes e total foram observados em plântulas de tamboril.Downloads
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