Germinação in vitro de sementes e multiplicação de Calophyllum brasiliense
DOI:
https://doi.org/10.4336/2016.pfb.36.87.1168Palavras-chave:
Ácido giberélico, Benzilaminopurina, Índice de velocidade de germinaçãoResumo
Calophyllum brasiliense é uma espécie arbórea com sistema de propagação natural limitada. A germinação in vitro pode ser uma alternativa para obtenção de plântulas de qualidade. Sementes foram mantidas em água antes da desinfestação e comparadas com sementes controle (não imersas), sem diferença entre os tratamentos. HgCl2 usado durante a desinfestação reduziu a contaminação das culturas. A contaminação fúngica foi reduzida com fungicida adicionado ao meio (23 para 6,4%), mas a porcentagem de bactérias foi aumentada (24 para 36%). Em outro experimento, as sementes foram imersas em plant preservative mixture (PPMâ„¢) antes da desinfestação. Combinando a imersão por 48 h e 2 mL L-1 no meio de cultura, a contaminação foi de 6%. A imersão das sementes em GA3 antes da desinfestação reduziu a formação de raízes conforme a concentração foi aumentada. A germinação e o IVG foram reduzidos, respectivamente, de 72% e 0,129 (24 h) para 60% e 0,092 (48 h), de acordo com o tempo de exposição a GA3. Após 90 dias em meio de multiplicação contendo benzilaminopurina, o número médio de brotações por segmento nodal foi 3,4. A germinação in vitro de C. brasiliense é viável em meio WPM sem sacarose, com até 93,3% de sobrevivência.
Downloads
Referências
Arefi, I. H. et al. Roles of duration and concentration of priming agents on dormancy breaking and germination of caper (Capparis spinosa L.) for the protection of arid degraded areas. Pakistan Journal of Botany, v. 44, n. esp., p. 225-230, 2012.
Bernabé-Antonio, A. et al. Production of anti-HIV-1 calanolides in a callus culture of Calophyllum brasiliense (Cambes). Plant Cell, Tissue and Organ Culture, v. 103, p. 33-40, 2010. DOI: 10.1007/s11240-010-9750-4.
Bewley, J. D. et al. Seeds: physiology of development, germination and dormancy. 3rd ed. New York: Springer, 2013.
Borek, S. et al. Diverse regulation by sucrose of enzymes involved in storage lipid breakdown in germinating lupin seeds. Acta Physiologiae Plantarum, v. 35, p. 2147-2156, 2013. DOI: 10.1007/s11738-013-1251-8.
Borek, S. et al. Regulation by sucrose of storage compounds breakdown in germination seeds of yellow lupine (Lupinus luteus L.), white lupine (Lupinus albus L.) and Andean lupine (Lupinus mutabilis Sweet). II. Mobilization of storage lipid. Acta Physiologiae Plantarum, v. 34, p. 1199-1206, 2012. DOI: 10.1007/s11738-011-0916-4.
Bradford, K. J. Water stress and the water relations of seed development: a critical review. Crop Science, v. 34, n. 1, p. 1-11, 1994.
Brian, P. W. et al. Inhibition of rooting of cuttings by gibberellic acid. Annals of Botany, v. 24, n. 96, p. 407-419, 1960.
Briggs, D. E. Biochemistry of barley germination action of gibberellic acid on barley endosperm. Journal of the Institute of Brewing, v. 69, p. 13-19, 1963.
Cole, R. J. et al. Direct seeding of late-successional trees to restore tropical montane forest. Forest Ecology and Management, v. 261, p. 1590-1597, 2011. DOI: 10.1016/j.foreco.2010.06.038.
Fischer, E. & Santos, F. A. M. Demography, phenology and sex of Calophyllum brasiliense (Clusiaceae) trees in the Atlantic. Journal of Tropical Ecology, v. 17, p. 903-909, 2001.
García-Cela, E. et al. Effect of preharvest anti-fungal compounds on Aspergillus steynii and A. carbonarius under fluctuating and extreme environmental conditions. International Journal of Food Microbiology, v. 159, p. 167-176, 2012. DOI: 10.1016/j.ijfoodmicro.2012.08.001.
Huerta-Reyes, M. et al. HIV-1 inhibitory compounds from Calophyllum brasiliense leaves. Biological and Pharmaceutical Bulletin, v. 27, n. 9, p. 1471-1475, 2004.
Ito, C. et al. Chemical constituents of Calophyllum brasiliensis: structure elucidation of seven new xanthones and their cancer chemopreventive activity. Journal of Natural Products, v. 65, n. 3, p. 267-272, 2002. DOI: 10.1021/np010398s.
Kaur, S. et al. Gibberellic acid and kinetin partially reverse the effect of water stress on germination and seedling growth in chickpea. Plant Growth Regulation, v. 25, p. 29-33, 1998.
King, R. Succession and micro-elevation effects on seedling establishment of Calophyllum brasiliense Camb. (Clusiaceae) in an Amazonian river meander forest. Biotropica, v. 35, n. 4, p. 462-471, 2003. DOI: 10.1111/j.1744-7429.2003.tb00603.x.
Leifert, C. et al. Contaminants of plant-tissue and cell cultures. World Journal of Microbiology and Biotechnology, v. 7, p. 452-469, 1991.
Lloyd, G. & Mccown, B. H. Commercially feasible micropropagation of mountain laurel (Kalmia latifolia) by use of shoot tip culture. International Plant Propagation, v. 30, p. 421-427, 1980.
Maguire, J. D. Speed of germination - aid in selection and evaluation for seedling emergence and vigor. Crop Science, v. 2, p. 176-177, 1962.
Marques, M. C. M. & Joly, C. A. Seed germination and growth of Calophyllum brasiliense (Clusiaceae), a typical species of flooded forests. Acta Botanica Brasilica, v. 14, n.1, p. 113-120, 2000. DOI: 10.1590/S0102-33062000000100010.
Mng´Omba, S. A. et al. Efficacy and utilization of fungicides and other antibiotics for aseptic plant cultures. In: Dhanasekaran, D. et al. (Ed.). Fungicides for plant and animal diseases. InTech: JanezaTrdine, 2011. p. 245-254.
Moshkov, I. E. et al. Plant growth regulators III: Gibberellins, ethylene, abscisic acid, their analogues and inhibitors; miscellaneous compounds. In: George, E. F. et al. (Ed.). Plant Propagation by tissue culture. Dordrecht: Springer, 2008. v.1. p. 227-283.
Nair, L. G. & Seeni, S. In vitro multiplication of Calophyllum apetalum (Clusiaceae), an endemic medicinal tree of the Western Ghats. Plant Cell, Tissue and Organ Culture, v. 78, p. 169-174, 2003. DOI:10.1023/A:1025001214995.
Newstrom, I. E. et al. A new classification for plant phenology based on flowering patterns in lowland tropical forest trees at La Selva, Costa Rica. Biotropica, v. 26, p. 141-159, 1994. DOI: 10.2307/2388804.
Oliveira, V. C. & Joly, C. A. Flooding tolerance of Calophyllum brasiliense Camb. (Clusiaceae): morphological, physiological and growth responses. Trees, v. 24, p. 185-193, 2010. DOI: 10.1007/s00468-009-0392-2.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2016 Sheila Susy Silveira, Juliana Degenhardt-Goldbach, Marguerite Germaine Ghislaine Quoirin

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
A Pesquisa Florestal Brasileira (PFB) adota a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0) para todo o seu conteúdo publicado.
- Direitos Autorais: Os autores mantêm os direitos autorais de seus trabalhos. A revista detém o direito de primeira publicação e o direito de uso sob a licença Creative Commons especificada.
- Edição e Revisão: A PFB se reserva o direito de realizar ajustes nos originais para garantir a conformidade com as normas, ortografia e gramática da língua portuguesa, respeitando sempre o estilo do autor. A versão final será enviada ao autor correspondente para aprovação antes da publicação.
- Compartilhamento e Reuso: A licença CC BY-NC-ND 4.0 permite o compartilhamento do artigo na sua versão original, desde que o devido crédito seja dado à revista e aos autores, e que o uso não tenha fins comerciais. Alterações ou adaptações do conteúdo original não são permitidas.
- Figuras e Ilustrações: O reuso de figuras e ilustrações publicadas na PFB está sujeito à autorização prévia da Embrapa Florestas.
- Isenção de Responsabilidade: As opiniões e conceitos expressos nos manuscritos são de responsabilidade exclusiva dos respectivos autores e não da PFB.



Os originais publicados na Pesquisa Florestal Brasileira estão disponibilizados de acordo com uma Licença